
-Os humanos são esquisitos! No pico do Inverno, quando quase não há comida, penduram coisas brilhantes nas portas e andam com grandes embrulhos de um lado para o outro. Até que, numa noite se fecham todos na casa uns dos outros. Porque será? - Perguntava a aranha Patitas Pretas ao rato Pantufas.
Pantufas, era o nome que lhe deram, por conseguir andar sempre sem fazer nenhum barulho. “É fofo mas levezinho, como uma pantufa”, dizia o seu pai. Todos lhe perguntavam o que era uma pantufa. Ele dizia: "São umas coisas que a minha humana calça e que diz que são fofas mas leves. Ela caminha pela casa com aquilo calçado e não faz barulho nenhum".
-A casa da humana velhota que mora onde tenho a minha toca, nessa noite enche-se de pessoas que não vejo o resto do ano – respondeu Pantufas.
Quando isso aconteceu pela primeira vez, pensei que todos os outros tinham ficado sem provisões e vinham pedir mantimentos. Estavam todos tão felizes e comiam tanto que deduzi que tivessem esfomeados e se saciavam alegremente.
No dia seguinte, partiram todos, deixando a minha humana sozinha até ao ano seguinte. Foi nessa altura que percebi que não era fome.
Eu tenho a família toda na minha toca e comemos as refeições, juntos, o ano inteiro incluindo a minha avó, que mal vê. Jamais pensaria em deixa-la sozinha durante o ano inteiro.
Estranho este, o ritual de uma noite de Inverno!
Pantufas, era o nome que lhe deram, por conseguir andar sempre sem fazer nenhum barulho. “É fofo mas levezinho, como uma pantufa”, dizia o seu pai. Todos lhe perguntavam o que era uma pantufa. Ele dizia: "São umas coisas que a minha humana calça e que diz que são fofas mas leves. Ela caminha pela casa com aquilo calçado e não faz barulho nenhum".
-A casa da humana velhota que mora onde tenho a minha toca, nessa noite enche-se de pessoas que não vejo o resto do ano – respondeu Pantufas.
Quando isso aconteceu pela primeira vez, pensei que todos os outros tinham ficado sem provisões e vinham pedir mantimentos. Estavam todos tão felizes e comiam tanto que deduzi que tivessem esfomeados e se saciavam alegremente.
No dia seguinte, partiram todos, deixando a minha humana sozinha até ao ano seguinte. Foi nessa altura que percebi que não era fome.
Eu tenho a família toda na minha toca e comemos as refeições, juntos, o ano inteiro incluindo a minha avó, que mal vê. Jamais pensaria em deixa-la sozinha durante o ano inteiro.
Estranho este, o ritual de uma noite de Inverno!
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