
A Primavera já se fazia sentir, no prado, pintando de amarelo, com suas azedas e de verde, o manto, que à poucas semanas se vestira de castanho.
Mu , descansava num canto, à sombra de um carvalho. A vaquinha malhada de preto e branco, era gozada pelas suas companheiras de pasto, todas bem castanhas. Não se importava com o que diziam, era muito meiga e pachorrenta.
Nesse primeiro dia de calor, as moscas regressaram depois de vários meses, sabe-se lá de aonde. Todos estes insectos adoravam as manchas pretas da Mu.
-Ah! Ah! Ah! É mesmo tonta a vaca tresmalhada, nem as moscas sacode! – Gozava uma das colegas de pasto.
Mas Mu estava calminha e com um sorriso de fazer inveja.
-Ainda por cima fica feliz! É mesmo parva! – Retorquia outra.
O que ninguém sabia era que Mu conseguia ouvir as moscas e elas eram suas amigas.
Na Primavera anterior, exactamente no mesmo sítio, Mu ouviu:
-Mais para a direita! Agora para a esquerda! Trava, trava!
Olhou para as suas colegas e todas dormitavam.
-Quem fala? – Questionou.
Uma mosca pousou no seu focinho, mesmo diante dos seus olhos:
-Desculpa, vaquinha! Estamos a tentar ensinar as nossas filhas a aterrar e tu como és fofinha e tens manchas, estamos a tentar acertar nas partes pretas da tua barriga.
-Ah! Ah! Que giro! Nunca pensei que o meu dorso servisse para isso. Continuem! – Sorriu Mu.
A partir desse momento, Mu criou amizades com as moscas e passou a ser a escola de aviação do prado. Divertia-se imenso ao ouvir as indicações das aterragens.
Mu , descansava num canto, à sombra de um carvalho. A vaquinha malhada de preto e branco, era gozada pelas suas companheiras de pasto, todas bem castanhas. Não se importava com o que diziam, era muito meiga e pachorrenta.
Nesse primeiro dia de calor, as moscas regressaram depois de vários meses, sabe-se lá de aonde. Todos estes insectos adoravam as manchas pretas da Mu.
-Ah! Ah! Ah! É mesmo tonta a vaca tresmalhada, nem as moscas sacode! – Gozava uma das colegas de pasto.
Mas Mu estava calminha e com um sorriso de fazer inveja.
-Ainda por cima fica feliz! É mesmo parva! – Retorquia outra.
O que ninguém sabia era que Mu conseguia ouvir as moscas e elas eram suas amigas.
Na Primavera anterior, exactamente no mesmo sítio, Mu ouviu:
-Mais para a direita! Agora para a esquerda! Trava, trava!
Olhou para as suas colegas e todas dormitavam.
-Quem fala? – Questionou.
Uma mosca pousou no seu focinho, mesmo diante dos seus olhos:
-Desculpa, vaquinha! Estamos a tentar ensinar as nossas filhas a aterrar e tu como és fofinha e tens manchas, estamos a tentar acertar nas partes pretas da tua barriga.
-Ah! Ah! Que giro! Nunca pensei que o meu dorso servisse para isso. Continuem! – Sorriu Mu.
A partir desse momento, Mu criou amizades com as moscas e passou a ser a escola de aviação do prado. Divertia-se imenso ao ouvir as indicações das aterragens.
Quando a inveja não sabe o motivo da alegria, acusa-a de doida!
Comentários