Avançar para o conteúdo principal

O mar de imaginação da Mariana

imagem: net



Mariana tinha acordado muito aborrecida. Ser filha única nas férias de Verão era uma chatice. Todos os amigos tinham ido para fora: uns para a praia e outros para o campo. O emprego de seu pai não o permitia ir de férias em Agosto, quando todos iam. Logo, tinha que se ocupar.
Estes dias de calor e sem objectivos acabavam por originar as condições ideais para criar. Sua mãe, já sabia. Quando Mariana passava horas, no quarto, sozinha, entretida algo sairia de inesperado.
Deitada em cima da cama, olhando para o tecto, a recordar o sábado de praia que havia passado, teve uma ideia. Porque não fazer um quadro com as conchas que apanhou.
Assim sendo, primeiro, com um lápis de carvão desenhou, numa folha A3, os contornos de várias flores. Depois, pegou no tubo de cola e começou a colar as conchas de forma ordenada até preencher os espaços assinalados.
Faltavam as folhas. Olhou pela janela e viu uma árvore com folhas secas. Correu para junto de sua mãe e perguntou se poderia sair a rua:
-Posso ir a rua?
-O que vais fazer? Está muito calor para ires brincar para o parque!
-É rápido! Queria umas folhas secas, daquela árvore.
-Está bem, vai lá! Mas não te demores! – Sua mãe não conseguia resistir e bloquear de alguma forma a criatividade de Mariana.
Com as folhas já em seu poder, Mariana colou-as nos caules das suas plantas.
-Estão lindas! Mas falta aqui qualquer coisa! - Pensou.
No seu balde de praia ainda estavam algumas conchas e entre elas uns caracóis marinhos.
-É isso! As plantas vão ter caracóis nas folhas!

A imaginação das crianças é algo que deverá sempre ser incentivado! Eis, uma sugestão para as férias de verão que se aproximam.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Felicidade

A Felicidade não se conquista, aprende-se!

O sonho do André

André tinha um sonho. Adorava brincar ao ar livre, nos jardins e parques da cidade. Gostava de saltar de pedra em pedra, como se estivesse a jogar na calçada portuguesa, mas, sempre que o fazia, sentia-se um bocadinho triste. E sabem o que o fazia sentir-se assim? O lixo espalhado pelo chão. André gostaria de ter uma vassoura mágica que varresse tudo ou uma borracha gigante que apagasse o lixo e um pincel para voltar a colorir de verde os jardins e de cinzento os passeios. Não conseguia perceber por que razão as pessoas deitavam lixo no chão quando havia caixotes espalhados pela cidade. Gostava de pensar que as pessoas não podiam ser tão descuidadas assim. Imaginava que existia um monstro do lixo que, ao tentar comer o lixo dos caixotes, deixava cair pelo chão pacotes de sumo, latas de cerveja e muitas outras coisas. Certo dia, na escola, a professora pediu a todos que desenhassem o que gostariam de ser quando fossem grandes e escrevessem um pequeno texto sobre isso como trabalho de ca...

Semelhanças

Aiii...começo a preocupar-me com algumas das semelhanças com os meus pais, estou a ficar com o maior defeito da família: o esquecimento!!! Roupa esquecida na máquina de lavar???? Que coisa, os genes, acabamos por ficar com uma mistura dos do pai e dos da mãe e com a idade começam a tornar-se mais evidentes.