Deitada ao vento,
Imagino o teu perfume.
Aguardo o relento.
As sombras tremem,
Observo o luar recortado pela noite.
Ouço os grilos cantar,
Chamam-te pelo meu silêncio.
Toco a terra fresca,
Pelos veios de erva.
Por vezes, fecho os olhos,
Tento, te ver,
Sonho, te ouvir,
Deliro, te ter.
Vem, leva-me com a brisa,
Faz-me voar nos teus ramos,
Arrepiar nas tuas folhas,
Embebedar no teu cheiro.
Quero ser, qual cogumelo na tua raiz,
Agarrado ao teu tronco,
Alimentando-me da tua seiva,
Partilhando contigo as estações da vida.
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