Num recreio, de uma escola primária, dois meninos discutiam e partilhavam os itens das listas de pedidos ao Pai Natal:
- Eu quero um avião! – Dizia um deles.
- Isso, eu já tenho! Quero um comboio! – Referia outro.
A conversa decorria sobre os catálogos das lojas de brinquedos e sobre as últimas novidades.
À distância estava um outro rapaz a observar, cabisbaixo.
Os dois meninos continuavam até que entraram em conflito, pois ambos tinham chegado à conclusão que queriam os mesmos brinquedos.
-Tu querias um comboio porque já tinhas um avião! Queres outro para quê?
-Porque o que tu falas é muito mais moderno do que o meu. Faz mais coisas!
-Então também vou querer um comboio como o teu!
De repente, um dos meninos reparou que estavam a ser observados por outro e chamaram-no para os ajudar a decidir:
-Olha lá! Tu que estás ai a ouvir a nossa conversa não achas que eu deveria ter o avião e ele, o comboio como inicialmente. Está a ser egoísta. Só deseja o avião porque eu o quero!
O menino muito calado.
-Estás a ouvir! Se calhar és surdo!
O rapazito, com uma voz trémula, disse:
-Eu acho que cada um de vocês deve desejar aquilo o que não têm e pode comprar!
Os outros dois meninos olharam um para o outro com ar de espanto.
-Nós, não compramos nada! São os nossos pais. Eles podem sempre!
-Está bem!
Não contentes com a resposta, insistiram:
-Tu querias qual?
-Nenhum!
-Estás a ver! Este ainda é mais esperto que nós! Já deve ter os brinquedos todos! O que vais pedir? Conta! Conta!
-Nada!
Os outros dois olharam com ar surpreendido.
-Nada! Os teus pais adivinham sempre o que queres é?
-Não!
-Ah! Já sei! Os teus pais devem ser como os meus avós. Nunca ouvem o que eu peço e dão-me sempre um brinquedo repetido ou que não interessa a ninguém!
-Isso é muito chato! – Respondeu o outro.
O rapaz, muito triste:
-Também não!
-Puxa! Então, tu não tens os brinquedos que desejaste nem os que não desejaste, tens o quê?
-Os que são possíveis!
Os meninos olharam um para o outro como se aquele conceito fosse algo vindo de outro planeta e não discutiram mais o tema.
- Eu quero um avião! – Dizia um deles.
- Isso, eu já tenho! Quero um comboio! – Referia outro.
A conversa decorria sobre os catálogos das lojas de brinquedos e sobre as últimas novidades.
À distância estava um outro rapaz a observar, cabisbaixo.
Os dois meninos continuavam até que entraram em conflito, pois ambos tinham chegado à conclusão que queriam os mesmos brinquedos.
-Tu querias um comboio porque já tinhas um avião! Queres outro para quê?
-Porque o que tu falas é muito mais moderno do que o meu. Faz mais coisas!
-Então também vou querer um comboio como o teu!
De repente, um dos meninos reparou que estavam a ser observados por outro e chamaram-no para os ajudar a decidir:
-Olha lá! Tu que estás ai a ouvir a nossa conversa não achas que eu deveria ter o avião e ele, o comboio como inicialmente. Está a ser egoísta. Só deseja o avião porque eu o quero!
O menino muito calado.
-Estás a ouvir! Se calhar és surdo!
O rapazito, com uma voz trémula, disse:
-Eu acho que cada um de vocês deve desejar aquilo o que não têm e pode comprar!
Os outros dois meninos olharam um para o outro com ar de espanto.
-Nós, não compramos nada! São os nossos pais. Eles podem sempre!
-Está bem!
Não contentes com a resposta, insistiram:
-Tu querias qual?
-Nenhum!
-Estás a ver! Este ainda é mais esperto que nós! Já deve ter os brinquedos todos! O que vais pedir? Conta! Conta!
-Nada!
Os outros dois olharam com ar surpreendido.
-Nada! Os teus pais adivinham sempre o que queres é?
-Não!
-Ah! Já sei! Os teus pais devem ser como os meus avós. Nunca ouvem o que eu peço e dão-me sempre um brinquedo repetido ou que não interessa a ninguém!
-Isso é muito chato! – Respondeu o outro.
O rapaz, muito triste:
-Também não!
-Puxa! Então, tu não tens os brinquedos que desejaste nem os que não desejaste, tens o quê?
-Os que são possíveis!
Os meninos olharam um para o outro como se aquele conceito fosse algo vindo de outro planeta e não discutiram mais o tema.
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