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O beijo do azevinho


Existe uma lenda Druida que se duas pessoas se beijarem debaixo de um azevinho, é como se fizessem uma promessa de amor eterno.
A imaginação do Diário levou a criar esta pequena aventura de uma personagem que gosta muito, o Obelix.

*****

Obelix desde pequeno que sempre foi muito curioso e guloso. Não aprendeu com a queda no caldeirão cheio de poção mágica.
As festividades de Inverno aproximavam-se. As casas já começavam a ser  decoradas com flores e folhas secas preparadas pelas mulheres e os homens já caçavam de javalis para o banquete.
Obelix carregava umas pedras para fazer o suporte para assar os javalis quando passou ao lado da cada do Druida. Viu Cacofonix a chorar aos pés de Panoramix:
-Eu amo-a e queria tanto um beijo dela nas festividades de Inverno!
-Consegues um beijo se o desejares debaixo de um azevinho. Procura um que esteja junto a um local aonde ela colhe as flores e folhas secas e espera. Deseja com muita força!
Obelix viu naquela fragilidade de Cacofonix uma oportunidade para pregar-lhe uma partida.
Seguiu Cacofonix e escondeu-se perto do azevinho aonde ele aguardava que sua amada chegasse. Resolveu disfarçar a voz:
-Tua amada te adorará se um ramo meu lhe deres na festa de Inverno!
Cacofonix embevecido agarrou num ramo e nem sentiu os picos das folhas. Levou para casa e aguardou pelo banquete.
À noite, já estavam todos a volta da mesa com uns javalis servidos e outros a assarem quando aparece o apaixonado com o ramo de Azevinho para dar à sua amada.
Obelix já tinha contado a todos e já se aguardava o momento, esperando a reacção da moça ao receber o ramo espinhoso.
Contudo, Cacofonix retirou o seu manto vermelho, embrulhou o ramo antes de lho oferecer e disse:
-Feliz Inverno!
-Cacofonix, manchaste o teu manto de sangue nos picos do azevinho para me ofereceres um ramo. Obrigado- Afirmou a moça corada.
Obelix foi gozado o resto da noite e todos se divertiram imenso. A partir desse momento, o azevinho foi plantado junto do local das festividades e debaixo dele colocado um manto vermelho não como simbolização do sangue mas sim para lembrar de como o amor é cego.

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