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O desejo começa quando se pode decidir o que é necessário.


As necessidades são condição de sobrevivência humana. Água e comida são as bases da existência. O livre acesso e em abundância a estes bens origina o desejo. Pode-se beber água da torneira ou água engarrafada, bem como sobrevive-se com massa com feijão ou com ingredientes gourmet.
Entendo necessidade e o desejo diretamente relacionados com o poder económico individual. É uma reta ascendente num gráfico. Tudo o que é consumido acima do que é indispensável para a vida já é desejo e mesmo dentro nos parâmetros da necessidade há escolhas em função do que se poderá adquirir com o dinheiro que se tem.
O ser humano habitua-se e adapta-se a cortes nos desejos e alteração do tipo de bens considerados necessários à sua sobrevivência contudo é fácil acompanhar a reta ascendente mas escorregar por ela abaixo é um processo difícil. A descida é conturbada porque o acesso em abundância a bens desejáveis deturpa o conhecimento básico daquilo o que é necessário para viver.
Quando é pedido a quem sempre teve tudo para prescindir de parte penso que as suas vivências criam prioridades muito próprias mais em função dos desejos do que das necessidades.
A pressão social é um dos itens que também contribui para cortar naquilo o que não permite perder o status adquirido.

Participação: Fábrica das letras

Comentários

Anne Lieri disse…
Concordo com vc!Com necessidades fica dificil e se confunde assim o desejo tb!Ótima sua participação!bjs e boa semana!
mz disse…
Depois dos gastos, a ressaca dos cortes supérfulos. Aí sim!!! O resto da sociedade cobra, principalmente as dívidas.

Bj*
chica disse…
Lindo e bem verdadeiro o que escreveste! beijos,chica

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