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O domínio da invisibilidade


Karma, característica ou azar. Existem pessoas que são sempre invisíveis e tratadas como tal. Recordo-me do filme do Homem Invisível em que tinha que se cobrir de gaze para ser notado. Em todos os eventos sociais, locais de trabalho e até ambientes familiares há sempre alguém que é invisível aos outros. É como se não estivesse lá quando as coisas são decididas.
Quantas vezes ouviram pais dizer: “Ele é caladinho!”?
Nunca repararam nos jantares de aniversário em alguém que se limita apenas a ouvir o que os outros dizem?
Já não já? Essas pessoas são invisíveis aos restantes. Já pensaram porquê?
Neste momento, alguns respondem: Ele não é falador!
Agora vos pergunto: Já tentaram falar com essa pessoa? Perguntar alguma coisa?
Provavelmente não.
Agora volto a perguntar-vos. Já alguma dessas pessoas visíveis fez alguma observação acerca do vosso estado de espírito?
“Não, falamos sobre outras coisas!”.
Contudo, quando se sentem em baixo alguém vos põe a mão no ombro e diz:
“Está tudo bem?”
Quem é? O invisível que por momentos pôs a ligadura à volta de si mesmo, tornando-se observável apenas para saber o que reparou desde que te viu.
As pessoas invisíveis não estão em todo o lado como nos filmes mas são mais observadoras que as outras.

Falam pouco, sim mas isso porque desenvolveram uma defesa. É mais fácil ser como a parede e observar tudo do que ser como um móvel e não ver nada.

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