Avançar para o conteúdo principal

O domínio da invisibilidade


Karma, característica ou azar. Existem pessoas que são sempre invisíveis e tratadas como tal. Recordo-me do filme do Homem Invisível em que tinha que se cobrir de gaze para ser notado. Em todos os eventos sociais, locais de trabalho e até ambientes familiares há sempre alguém que é invisível aos outros. É como se não estivesse lá quando as coisas são decididas.
Quantas vezes ouviram pais dizer: “Ele é caladinho!”?
Nunca repararam nos jantares de aniversário em alguém que se limita apenas a ouvir o que os outros dizem?
Já não já? Essas pessoas são invisíveis aos restantes. Já pensaram porquê?
Neste momento, alguns respondem: Ele não é falador!
Agora vos pergunto: Já tentaram falar com essa pessoa? Perguntar alguma coisa?
Provavelmente não.
Agora volto a perguntar-vos. Já alguma dessas pessoas visíveis fez alguma observação acerca do vosso estado de espírito?
“Não, falamos sobre outras coisas!”.
Contudo, quando se sentem em baixo alguém vos põe a mão no ombro e diz:
“Está tudo bem?”
Quem é? O invisível que por momentos pôs a ligadura à volta de si mesmo, tornando-se observável apenas para saber o que reparou desde que te viu.
As pessoas invisíveis não estão em todo o lado como nos filmes mas são mais observadoras que as outras.

Falam pouco, sim mas isso porque desenvolveram uma defesa. É mais fácil ser como a parede e observar tudo do que ser como um móvel e não ver nada.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Felicidade

A Felicidade não se conquista, aprende-se!

O sonho do André

André tinha um sonho. Adorava brincar ao ar livre, nos jardins e parques da cidade. Gostava de saltar de pedra em pedra, como se estivesse a jogar na calçada portuguesa, mas, sempre que o fazia, sentia-se um bocadinho triste. E sabem o que o fazia sentir-se assim? O lixo espalhado pelo chão. André gostaria de ter uma vassoura mágica que varresse tudo ou uma borracha gigante que apagasse o lixo e um pincel para voltar a colorir de verde os jardins e de cinzento os passeios. Não conseguia perceber por que razão as pessoas deitavam lixo no chão quando havia caixotes espalhados pela cidade. Gostava de pensar que as pessoas não podiam ser tão descuidadas assim. Imaginava que existia um monstro do lixo que, ao tentar comer o lixo dos caixotes, deixava cair pelo chão pacotes de sumo, latas de cerveja e muitas outras coisas. Certo dia, na escola, a professora pediu a todos que desenhassem o que gostariam de ser quando fossem grandes e escrevessem um pequeno texto sobre isso como trabalho de ca...

Semelhanças

Aiii...começo a preocupar-me com algumas das semelhanças com os meus pais, estou a ficar com o maior defeito da família: o esquecimento!!! Roupa esquecida na máquina de lavar???? Que coisa, os genes, acabamos por ficar com uma mistura dos do pai e dos da mãe e com a idade começam a tornar-se mais evidentes.