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Conversa com o meu dedo grande do pé

-Olá! Estou muito triste e resolvi fazer-te companhia. Admirar-te! Estou a ver como estás! Precisas de alguma coisa?
-Se precisasse de alguma coisa queixava-me!
-Ah, ok! Deixa-me ficar aqui a olhar para ti!
-Agradeço mas, não tens que olhar em frente para caminhar?
-Teria se eu não tivesse medo do caminho para onde me levam.
-Hum! Então se tens medo porque não paras!
-Não posso! Tenho que seguir! Não quero é ver o que me espera!
-Então, se não podes parar e não queres ver para onde vais, adianta estares a olhar para mim? Mais cedo ou mais tarde vais ter que enfrentar o teu destino!
-Sinto que vou sofrer!
-Olha, se vais então mais vale olhar em frente. Faz como eu!
-O que fazes?

-Não é por prever que vou dar um pontapé numa pedra e não poder evitar que deixo de o fazer. Estou agarrado ao pé. Mas olha, mesmo doendo continuo cá, a caminhar sempre em frente.

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