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Tó Tuga, profissional do desemprego

Tó Tuga estava sentado no banco do jardim vestido de fato e gravata quando passa seu primo Zé Torresmos que fica muito intrigado pelo traje, aquela hora, a meio da tarde, durante a semana:
-Ei lá! Vieste de um casamento? Agora está na moda serem a durante a semana. Dizem que fica mais barato.
-Nope!
-Oh! Não me digas que morreu alguém e não me avisaram!
-Também não!
-Então? Foste a uma entrevista de emprego?
-“Nicles!”.
-Ai, então? Resolveste arejar o fato, foi? Oh, pá! Dizias à tua Maria para estender cá fora no varal e não precisavas de vestir. Ainda por cima, hoje está cá uma humidade que se uma “garina” me agarrasse eu escorregava que nem uma enguia.
-Também não! Arranjei um emprego!
-Ein? Então eu vi-te à hora de almoço de chinelos e calções na Tasca do Chinfrim a beber café.
-Estava a na pausa do almoço, agora estou ao serviço!
-Estás a gozar comigo? Estás ao serviço como? Estás com essa “bunda” sentada no banco do jardim!

-Primo, agora eu sou Profissional do Desemprego!

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