Humpty Dumpty estava sentado no
muro quando apareceu um duende atarefado e gritar:
-Rodolfo, Rodolfo, volta que o
Pai Natal precisa de ti! Rodolfo!
Humpty Dumpty desconfiado
pergunta:
-Quem és tu e o Rodolfo? Algum
viajante de outro reino?
-Sim! Somos de um reino a
Norte, do Gelo.
-E esse teu amigo que procuras?
Porque fugiu ao Pai?
-Não fugiu do Pai dele ou
melhor fugiu do Pai do Natal de todos!
Humpty Dumpty abanou as suas
perninhas e coçou a sua casca de confuso.
-Não entendi nada!
-Eu explico! No meu reino
existe um senhor chamado Pai Natal que, uma vez por ano entra num trenó de
renas mágico e distribui prendas por todas as crianças.
-Ahh a sério? Bem, se fosse
aqui a Rainha de Copas já lhe tinha mandado cortar a cabeça!
-Pois, eu nem deveria estar
aqui e muito menos o Rodolfo.
-E quem é esse Rodolfo?
-Oh é uma das renas! E ela veio
para aqui.
-Veio como?
-Oh, ela é muito vaidosa,
sabes! Encontrou um espelho que o Pai Natal tinha feito para uma das crianças,
uma tal de Alice e resolveu observar o seu nariz vermelho, o seu grande
orgulho. Só que depois desapareceu.
-Ah! E como sabes que veio para
aqui?
-Foi o Pai Natal que me disse!
Aquele espelho era para fazer a Alice viajar entre reinos.
-Hum, ui se a Rainha de Copas o
apanha está feito!
-Não sei o que faça! Não vai
haver Natal!
-Então e se o atraíssemos aqui
ao pé de nós!
-Como?
-Não disseste que ele é vaidoso?
-Sim e dai? Não estou a
perceber!
-Deixa comigo!
-Coelho Branco! Coelho Branco!-
Gritou.
De repente apareceu, a correr,
um coelho com um relógio de bolso.
-Diz que estou com pressa!
-Olha, sabias que existe um
forasteiro, uma rena com nariz vermelho no reino? Gostava muito de ver seu
nariz!
-Está bem!
-Quem é? – Perguntou o duende.
-O Coelho Branco corre o reino
de uma ponta a outra, várias vezes por dia.
-Ai é?
Mal o duende acabou de falar e
apareceu o Rodolfo junto ao lado oposto muro.
-Quem quer ver o meu nariz?
-Olá Rodolfo!
-Como sabes o meu nome?
-Sei que além do teu nariz
diferente tens outras qualidades!
-Tenho? Quais?
-Tens um excelente coração e é
por isso que sempre quiseste ajudar o Pai Natal!
Rodolfo baixou a cabeça.
-É verdade! Não sei como hei-de
voltar para lá! Fiquei demasiado vaidoso! O Pai Natal não me vai querer mais.
Dito isto o duende pula o muro
e aparece.
-Rodolfo, o Pai Natal gosta e
sempre gostará de ti.
-A sério? Como podemos voltar?
-Tens o espelho?
-Sim!
-Espera! Antes de irmos preciso
de agradecer a este meu amigo!
-Não agradeças! Vão e continuem
a dar prendas às crianças sempre!
-Queres vir connosco?
-Não! O muro é a minha casa!
O duende e o Rodolfo olharam os
dois para o espelho, desapareceram e voltaram a aparecer na casa do Pai Natal
mesmo a tempo de partir mais uma vez.
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