Avançar para o conteúdo principal

Quim, o pato desastrado

 Era uma vez um patinho chamado Quim que gostava muito de brincar e de aprender coisas novas.

-Quim, tens de te vestir e calçar sozinho! - Repetia a sua mãe todos os dias.

O patinho lá ia fazendo ao seu ritmo, mas custava-lhe algumas coisas: apertar os sapatos era difícil, pentear uma complicação e vestir um casaco um drama.

Certo dia chegou à escola e foi para o recreio brincar com Tim, o galo.  

-O que te aconteceu Quim, tens os sapatos trocados. Não sabes calçar-te!

O patinho nem tinha reparado e ficou triste. Sentou-se no chão, descalçou-se e voltou-se a calçar.

Não muito feliz com o comentário de Tim decidiu procurar a sua amiga Leia, a coruja, que, assim que viu desatou-se a rir:

-Ah! Ah! Ah!

-O que foi? – Perguntou Quim.

-Estás todo despenteado. O Quim não se sabe pentear! Ah! Ah!

O patinho enroscou a cabeça nas asas para alisar as penas e seguiu caminho.

Entretanto a Educadora  Mia,a galinha chamou os pequenos animais para junto de si.

Quim foi a correr, atrapalhou-se com os atacadores dos ténis que se tinham desapertado e caiu.

Todos os seus amigos se riram com a queda e o patinho chorou.

Mia, deu-lhe um abraço de penas e ralhou com os animaizinhos:

- É feio gozarem os outros. Todos vocês estão a aprender porque são pequeninos.

Ao final do dia a avó Gertrudes foi buscar o neto para ir ao parque. A avó já era muito velhinha, distraída e esquecida.

Quim olhou para a avó e disse:

-Avó, trouxeste uma meia de cada cor e o casaco ao contrário.

-Oh meu netinho, eu já não vejo bem e engano-me!

-Avó, alguém gozou contigo?

-Querido, mesmo se o fizessem eu não iria ligar.

-Porquê avó?

-Meu querido, porque se o fazem é para me fazer sentir triste e eu quero ser feliz.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Felicidade

A Felicidade não se conquista, aprende-se!

Impossível amor eterno

O mundo tinha acabado de ser criado e apenas havia uma aldeia no topo das montanhas. Existiam três famílias, uma dedicava-se à pesca, outra à caça e outra à recolha de frutos. Todos realizavam as suas tarefas para o bem da comunidade e trocavam o resultado das suas actividades entre si. Os colectores eram amados por todos mas os pescadores e os caçadores odiavam-se entre si. Segundo eles, uma pessoa podia viver só comendo peixe ou só carne pelo que, não fazia sentido existirem as duas profissões. Um dia, Sol, filho dos caçadores apaixonou-se pela filha dos pescadores, Lua. Esta relação durou pouco tempo até que fosse descoberta e repudiada pelas famílias. Nos meios pequenos não existem segredos. O ódio foi tanto que decidiram afasta-los para sempre. O Sol passou a viver durante metade do dia e a Lua a outra metade, ficando o resto do tempo fechados numa gruta profunda das montanhas. Assim, os caçadores passaram apenas a procurar animais durante o período que o seu filho era liberto, a ...

Aos que me acompanham

Ouço todo o mundo dizer que “ o mundo dá muitas voltas”, que “ o que hoje tens como certo, amanhã pode não o ser”. Questiono-me agora acerca das pessoas que estão sempre ao teu lado, incondicionalmente. Os nossos pais, por exemplo, discutimos, brigamos, queremos muitas vezes que eles nos deixem viver a nossa vida. Contudo quando, mais uma vez “batemos com a cabeça” regressamos e eles tem sempre os braços abertos para nos receber. Os verdadeiros amigos também estão neste grupo. Aqueles que já nos viram fazer figuras ridiculas e nem sequer ligaram ao assunto. Continuam ao nosso lado. Estão dispostos a ouvirem-nos ás 3h da manhã porque, mais uma vez, a vida nos pregou uma partida. É claro, que, um dia, não por vontade própria, podem-nos deixar mas, nessa altura já tem um lugar tão grande no nosso coração que os torna Eternos .