Avançar para o conteúdo principal

A bola de trapos do Pantufas

O Pantufas adorava a sua bola de trapos. Eram inseparáveis. Tinha-a desde que era gatinho. Dormia e brincava com ela todos os dias.

Sempre que o Pantufas estava feliz, a bola rebolava e saltava nas suas patas. Quando o gatinho estava triste, enroscava-a nas suas patas para se sentir melhor.
Contudo, nos dias em que estava enfurecido ou aborrecido com alguma coisa, mordiscava e arranhava a bola até à exaustão.
O tempo foi passando e a bola começou a apresentar sinais de desgaste.

Certo dia, o Pantufas não dormiu bem. Quando acordou, estava rabugento, cansado e irritado. Pegou na sua bolinha de trapos e tentou brincar, mas, em vez disso, a fúria falou mais alto, e arranhou-a com toda a força.
Os pedaços de trapos não aguentaram e a bola rasgou-se, deixando sair do seu interior um manto branco e fofo.

O Pantufas ficou estático, a olhar para a bolinha esventrada. Não queria acreditar que a sua amiga e companheira tinha ficado assim.
Agarrou a sua bolinha e levou-a na boca à sua dona, que, com toda a paciência, coseu os rasgos.
De regresso às suas patas, a bola voltou com todas as marcas dos momentos felizes e cicatrizes de todas as suas fúrias.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Aos que me acompanham

Ouço todo o mundo dizer que “ o mundo dá muitas voltas”, que “ o que hoje tens como certo, amanhã pode não o ser”. Questiono-me agora acerca das pessoas que estão sempre ao teu lado, incondicionalmente. Os nossos pais, por exemplo, discutimos, brigamos, queremos muitas vezes que eles nos deixem viver a nossa vida. Contudo quando, mais uma vez “batemos com a cabeça” regressamos e eles tem sempre os braços abertos para nos receber. Os verdadeiros amigos também estão neste grupo. Aqueles que já nos viram fazer figuras ridiculas e nem sequer ligaram ao assunto. Continuam ao nosso lado. Estão dispostos a ouvirem-nos ás 3h da manhã porque, mais uma vez, a vida nos pregou uma partida. É claro, que, um dia, não por vontade própria, podem-nos deixar mas, nessa altura já tem um lugar tão grande no nosso coração que os torna Eternos .

Sentido

Para encontrar o sentido da vida basta seguir as "regras do trânsito": -virar à esquerda quando é obrigatório; -virar à direita quando nos exigem; -parar para não sofrer; -seguir em frente quando outros rumos ainda não existem ou então, sair do carro e traçar um novo caminho a pé. Custa mais, mas no final a recompensa será maior.

DODO:-)

Eu costumo chamar os meus amigos de DODOS, quando eles fazem parvoices, agora fica aqui, publicamente, a razão e fundamentação cientifica para o facto:-)hihihihi..... "O dodó , Raphus cucullatus, era uma ave não voadora com cerca de um metro de altura que vivia nas Ilhas Maurício, uma das ilhas Mascarenhass. Comia fruta e fazia o ninho no chão. O dodó não tinha medo das pessoas, o que, combinado com o fato de não voar, fez dele uma presa fácil para os humanos. Os primeiros colonos da ilha foram os portugueses, que chegaram em 1505. O nome de dodó terá, provavelmente, origem no aspecto desajeitado destas aves a que os portugueses terão, imediatamente, baptizado de "doudos", ou seja "doidos” Recentemente, os cientistas descobriram que uma espécie de árvore da ilha Maurícias estava desaparecendo. Só existiam 13 exemplares em toda a ilha, e tinham mais de 300 anos". in" http://pt.wikipedia.org/wiki/Dodo "