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A mostrar mensagens de outubro, 2024

A bruxa com chulé

Era uma vez uma bruxa chamada Alice que vivia num bosque distante. Levava uma vida tranquila, rodeada pelos seus feitiços, numa casinha de madeira. A única altura do ano em que saía do bosque era na noite das bruxas. Nesse dia, vestiu o seu melhor vestido, escovou a sua vassoura preferida e preparou-se para sair. Todas as suas amigas estariam lá, por isso tinha que estar no seu melhor. No entanto, demorou tanto a preparar-se que acabou por se atrasar. Montou-se na sua vassoura e disse as palavras mágicas: — Palhas de aranha e baba de rato, arruma as palhas e voa de jacto! E lá foi ela. Já era Outono e o ar no céu estava frio. De repente, começou a sentir um dos seus pés gelados. Olhou para baixo e percebeu que se tinha esquecido de calçar um sapato. — Ai, meu caldeirão! O que será de mim? Já não tenho tempo de voltar atrás. Vou para a festa descalça. Alice ficou bastante preocupada, não só por ir descalça, mas também porque tinha um problema nos pés: um chulé horrível e malcheiroso. Ne

Jogo de sustos

A noite mais desejada do ano estava a chegar. O zombie Trapos, o fantasma Sopro e o esqueleto Ossos estavam a preparar tudo. Ia ser uma noite de muitos sustos e partidas. Trapos estava entusiasmado: – Vamos fazer um jogo! – Qual jogo? – perguntou Ossos. – Aquele que conseguir mais gritos arruma o sótão da casa assombrada durante um mês! Então assim foi. Trapos fez tudo para parecer ainda mais assustador: esfarrapou mais a roupa, arrancou mais uns cabelos e rebolou na lama, ficando num estado deplorável. Ossos, após pensar muito, resolveu aprender a desencaixar e encaixar a cabeça. Estava a imaginar-se a aparecer à frente das crianças com a cabeça na mão. Restava o Sopro que, simplesmente, não podia fazer nada. Ele era quase invisível. O que poderia fazer? Pensativo e muito triste, Sopro refugiou-se no seu sítio preferido: o telhado. Não sei se vocês sabem, mas os fantasmas só são visíveis quando querem. Contudo, existe um ser que os vê sempre: os gatos. E Sopro tinha um amigo vivo, o B