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A bruxa com chulé

Era uma vez uma bruxa chamada Alice que vivia num bosque distante. Levava uma vida tranquila, rodeada pelos seus feitiços, numa casinha de madeira.

A única altura do ano em que saía do bosque era na noite das bruxas. Nesse dia, vestiu o seu melhor vestido, escovou a sua vassoura preferida e preparou-se para sair. Todas as suas amigas estariam lá, por isso tinha que estar no seu melhor.

No entanto, demorou tanto a preparar-se que acabou por se atrasar.

Montou-se na sua vassoura e disse as palavras mágicas:

— Palhas de aranha e baba de rato, arruma as palhas e voa de jacto!

E lá foi ela. Já era Outono e o ar no céu estava frio. De repente, começou a sentir um dos seus pés gelados. Olhou para baixo e percebeu que se tinha esquecido de calçar um sapato.

— Ai, meu caldeirão! O que será de mim? Já não tenho tempo de voltar atrás. Vou para a festa descalça.

Alice ficou bastante preocupada, não só por ir descalça, mas também porque tinha um problema nos pés: um chulé horrível e malcheiroso. Nem ela conseguia suportar o próprio odor!

Pensou em fazer um feitiço, mas o código das bruxas impedia-a de lançar feitiços sobre si própria.

Tão triste ficou que começou a chorar. Chorou tanto que um sapo, que também se dirigia à festa, pensou que estava a chover. No entanto, quando olhou para cima, viu que era a bruxa que chorava.

Ao chegar à festa, encontrou o seu amigo Gosma, o monstro peganhento, à porta.

— O que se passa? — perguntou o monstro.

— Esqueci-me de um sapato! — suspirou Alice.

— Não te preocupes, amiga. Estás impecável! Achas que alguém vai reparar nos teus pés com esse perfume novo e fantástico que trouxeste?

— Ãh? Que perfume? — perguntou a bruxa, confusa.

— O perfume que usaste! Podes fazer um para mim?

Alice não estava a entender muito bem o que se estava a passar.

— Olá, amiga! Como estás? Que perfume agradável é esse? — perguntou Gertrudes, outra amiga bruxa.

De repente, Alice lembrou-se do que todos estavam a chamar de perfume. Sabem o que era?

Era... o seu chulé!!!




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