Era uma vez um livro. Um livro largado numa estante. Um daqueles livros com capa vermelha, rija e sem desenhos. Era um livro tão sem graça que ali estava a acumular pó. Já não se lembrava da última vez que o tinham aberto para ler. Aliás, tinha sido há tanto tempo que até ele próprio já nem se recordava do que tinha escrito nas suas páginas. A sua dona tinha falecido e o livro ficou para a filha, a Leonor, que o guardava numa prateleira como recordação da sua mãe. Essa sim o abria todos os dias, quando Leonor era pequena, para lhe contar uma das histórias do livro. Ela, contudo, nunca teve tempo para o ler à sua filha, Maria, e as memórias das histórias desapareceram com o tempo da sua memória. Certo dia, a professora da Maria pediu que ela levasse um livro com histórias diferentes e ela pediu à mãe: – Oh, querida! Leva um bonito, com belas imagens! – Mas mãe, todos os meus amigos têm um livro desses e as histórias são todas iguais. – Então não sei! Agora a mãe não pode! A...
Contos, histórias fruto de uma imaginação louca que se apodera da minha mente e comanda os meus dedos... Só gostaria de ser famosa depois de morrer pois agora exigiriam sempre melhor do que já fiz e não sei se consigo.