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Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2024

O Natal do Astétrix

  Na aldeia gaulesa, Panoratix preparava tudo para as festividades do Solstício de Inverno, um fenómeno astrológico que marca o início da estação. Queria impressionar os seus amigos druidas com algo espetacular. Assim sendo, fechou-se em casa para preparar uma nova poção mágica. Contudo, o barulho dos gauleses estava a incomodar a sua concentração. Eles passavam a maior parte do tempo a comer ou a discutir, só parando quando tinham de lutar contra os romanos. Os almoços duravam horas: comiam de boca aberta, falavam e gritavam enquanto mastigavam. — Seria fantástico que tivessem, nem que fosse por alguns momentos, boas maneiras — disse Panoratix para Ideiatix, que estava aos seus pés tentando dormir a sesta, deitado sobre um ramo de azevinho. De repente, teve uma ideia. Despejou tudo o que tinha no caldeirão pela janela, diretamente sobre os seus canteiros de rosas, que reagiram de forma especial à poção, ficando com cabelo. Depois, lavou o caldeirão e começou a misturar pós, águas,...

Não quero ir!

Uns dias antes do Natal, na oficina do Pai Natal, estava quase tudo pronto. Os duendes tinham respeitado a lista de prendas dos meninos, e as prendas estavam todas já dentro do saco mágico. Bem, todas, todas, não! Algumas prendas saltaram de lá de dentro e esconderam-se atrás de um carrinho de mão de um duende. — Eu não quero ir! — dizia uma prenda. — Tens razão, vamos para quê? — repetia outra. E assim, este conjuntinho de prendas ficou num montinho a reclamar. Na véspera de Natal, o velho de barbas brancas pegava na enorme lista de prendas e conferia se não tinha faltado nada. Nesse ano, faltavam algumas prendas. — O que se passou? — perguntou o Pai Natal aos duendes. Eles não sabiam. Tinham feito todas as prendas e posto no saco mágico. O Pai Natal acariciou as barbas e colocou os seus óculos mágicos, que sabiam tudo o que se passava em todo o lado. Bastava ele pensar na pergunta. O velho de barbas brancas encaminhou-se para o carrinho de prendas do duende e sentou-se ao pé delas. —...

As manias de Tomé

Era uma vez um ouriço-cacheiro chamado Tomé, que vivia num tronco de árvore, num bosque, com os seus pais. O Tomé era muito, mas muito comichoso. Todos os dias, antes de ir para a escola, experimentava várias escovas para os pêlos da barriga. Gostava de os ter bem lisinhos e arrumados. Calçava várias meias e ténis até ficar com os pés simplesmente perfeitos... pelo menos naquele dia, porque, no dia seguinte, a solução já poderia não ser assim tão perfeita. Estas manias cansavam a sua mãe, que ficava todos os dias à sua espera. — Estas meias já não prestam, mãe! Estragaste-as a lavar! — Esta escova é horrível, mãe! Tens de fazer outra! — Odeio estes ténis! Dizia o Tomé, todos os dias. Os pais faziam tudo para acomodar as suas vontades. A avó tricotava meias novas todas as semanas, e a mãe fazia uma escova de picos de silva várias vezes. As rotinas repetiam-se. Certo dia, o Tomé brincava no quarto. Fingia ser um super-herói e imaginava que o Super-Picos, o seu boneco preferido, lutava co...