Era uma vez um ouriço-cacheiro chamado Tomé, que vivia num tronco de árvore, num bosque, com os seus pais. O Tomé era muito, mas muito comichoso. Todos os dias, antes de ir para a escola, experimentava várias escovas para os pêlos da barriga. Gostava de os ter bem lisinhos e arrumados. Calçava várias meias e ténis até ficar com os pés simplesmente perfeitos... pelo menos naquele dia, porque, no dia seguinte, a solução já poderia não ser assim tão perfeita. Estas manias cansavam a sua mãe, que ficava todos os dias à sua espera. — Estas meias já não prestam, mãe! Estragaste-as a lavar! — Esta escova é horrível, mãe! Tens de fazer outra! — Odeio estes ténis! Dizia o Tomé, todos os dias. Os pais faziam tudo para acomodar as suas vontades. A avó tricotava meias novas todas as semanas, e a mãe fazia uma escova de picos de silva várias vezes. As rotinas repetiam-se. Certo dia, o Tomé brincava no quarto. Fingia ser um super-herói e imaginava que o Super-Picos, o seu boneco preferido, lutava co
Era uma vez uma bruxa chamada Alice que vivia num bosque distante. Levava uma vida tranquila, rodeada pelos seus feitiços, numa casinha de madeira. A única altura do ano em que saía do bosque era na noite das bruxas. Nesse dia, vestiu o seu melhor vestido, escovou a sua vassoura preferida e preparou-se para sair. Todas as suas amigas estariam lá, por isso tinha que estar no seu melhor. No entanto, demorou tanto a preparar-se que acabou por se atrasar. Montou-se na sua vassoura e disse as palavras mágicas: — Palhas de aranha e baba de rato, arruma as palhas e voa de jacto! E lá foi ela. Já era Outono e o ar no céu estava frio. De repente, começou a sentir um dos seus pés gelados. Olhou para baixo e percebeu que se tinha esquecido de calçar um sapato. — Ai, meu caldeirão! O que será de mim? Já não tenho tempo de voltar atrás. Vou para a festa descalça. Alice ficou bastante preocupada, não só por ir descalça, mas também porque tinha um problema nos pés: um chulé horrível e malcheiroso. Ne