imgem: wikipédia Recorrendo ao seu equilíbrio, Mariana, fazia rodar sobre si, o círculo rosa, o Hula. Raramente, conseguia fazê-lo mais que duas a três vezes seguidas. Não desistia. Alternava com os braços, fazia-o cair até às pernas e à volta do pescoço. Desde que, tinha recebido aquele brinquedo novo, queria regressar a Lisboa, em Setembro, e impressionar as suas amigas com as suas habilidades. Num final da tarde, já sentia dores à volta da cintura e resolveu descansar, deixando o Hula no chão da sala. Sempre que estava sozinha e sem nada para fazer, a imaginação de Mariana inventava amigos e viagens. Falava sozinha e voava para um mundo que ela própria recriava todos os dias. Um dos seus temas preferidos era, se imaginar no futuro. Vaidosa como ninguém, sonhava em ser bonita como as meninas que tinha visto na TV e queria de ser uma mulher de negócios, de fato, sempre bela e composta, a chefiar uma empresa. De um lado, ao outro da sala, desfilava. Imaginava-se de fato, numa reuniã...