O que sinto?
Onde está a voz?
As palavras que o descrevem,
Os sinónimos que alguém batizou.
Onde está o alguém?
Se nome deu, o viveu e sentiu.
Não vem?
Não sabem?
Se calhar não existiu,
Ou milhões houve,
Com vários sentires.
Dar nome a algo,
Fácil não é, mas possível.
Descrever algo dentro de um turbilhão,
Sinónimos podem existir,
força não há para os identificar.
O que faço, se não sei o que sinto?
Nada.
Isso mesmo, nada!
Sentir, esperar que o tempo mostre,
Apague ou deixe fugir.
Se a razão não sabe o que é,
Vive-se, sente-se e aguarda-se.
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