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A mostrar mensagens de setembro, 2012

Pedaço de cartão

Um lápis queria fazer uma lista de objetivos para o futuro. Gostava de escrever e principalmente de sonhar. Precisava de uma folha mas o bloco de notas que estava ao seu lado já não tinha mais nenhuma. Restava apenas a contracapa de cartão. Decidiu que seria ai mesmo. Escreveu o primeiro trecho: ”No próximo ano queria”. Quando tinha acabado a letra “a” chegou uma borracha gorda e branca, empurrou-o com a sua barriga e aos saltos e corridas apagou a frase e desapareceu. O lápis não gostou da situação mas como ainda não tinha decidido como iria completar o pensamento reiniciou todo o processo, agora com mais rapidez. Então escreveu: “No próximo ano queria ser f”. A correr muito depressa veio novamente a borracha, empurrou-o para o chão e apagou tudo. Agora já chateado e aborrecido. Levantou-se depressa e escreveu: ”Vou ser feliz”. A borracha gorducha já vinha a correr para apagar o texto quando o lápis se deitou em cima do texto impedindo-a. A borracha com cara de má excl

Reflexão fiscal

Imposto Valor Acrescentado – Imposto para acrescentar valor ao orçamento de Estado; Imposto de Selo – Imposto sobre certos atos e contratos considerados por alguém como necessários “selar”, ou melhor pagar; Imposto Único de Circulação – Imposto sobre a propriedade do automóvel. Aqui há duas dúvidas: primeiro porque o chamam “único” se quando se compra a viatura paga-se o Imposto Sobre Veículos e segundo se é de “circulação” se incide sobre a propriedade. Imposto Especial Consumo Eletricidade – Imposto cobrado nas faturas por questões ambientais e destina-se a ser arrecadado pelo “ambiente”, seja lá quem for o seu representante no país.

Quero ser um pombo, Coelho!

- Deus, Deus, estás a ouvir-me! -Deus, Deus, quero ter um bico! Apelava mentalmente, como se tivesse capacidade para falar com Ele diretamente. Não tinha religião mas resolveu tentar. -Deus, se Tu existes, dá-me um bico por favor! Já não sabia o que era a realidade. Pareceu ouvir uma voz na sua mente mas não sabia se era mesmo resultante da audição se da sua mente. - Tu queres um bico para quê? -Quero um bico para poder comer como estes pombos. -Meu filho, tu és descentente de Adão, não poderás ter bico! Continuava com fome, parado a olhar os pombos comer! Contudo, continuava com esperança e resolveu continuar: -Buda, Buda! Dai-me um bico! Tás a ouvir Buda! Passados alguns momentos começou a ouvir outra voz: -Todas as criaturas tem direito à sua existência da forma como vieram a vida. Tu não terás um bico! Estático, a olhar os pombos a encher o papo, já com a visão a faltar tentou mais uma vez: -Maomé! Maomé! Dai-me um bico, por favor! -Darei-te um bico d

Sobreviver...

As pessoas não mudam revelam-se e cínico é aquele que diz que jamais o faria.

Vénia a parte do Cérebro masculino!

Há dois aspetos nos homens que invejo até roer os cotovelos: :) a) adormecem em segundos enquanto nós fazemos a revista ao que fizemos nesse dia, ao que deveríamos ter feito e nos escapou e ao que temos que fazer quando acordarmos; b) conseguem pensar em nada acordados quando para nós é impossível aliás restringirmo-nos o nosso pensamento apenas a uma coisa é dificílimo quanto mais a algo que não existe.

Se fosses...

Se fosses um toiro/touro qual vaquinha preferias? A Vaca que Ri ou a Mimosa? :)

Loucura é mudar...

O que nos faz reiniciar? O desejo que tudo possa ser diferente, A segurança que pelo menos seja igual. Igual porque se conhece, Diferente se algo que não controlamos acontece. Caminhamos num curso seguro, Sonhamos com a mão da sorte. Fácil é esperar pela mudança, Confortável é andar na lembrança. Recomeçar o vivido demonstra coragem, Recomeçar na ânsia do sonho mostra bravura, Recomeçar mudando o rumo é loucura. Que sana insonsa vida seria esta se apenas se repetisse o que se já conhece ou se sonhasse com o que aconteceria? Participação " Fábrica das Letras"

Querias ser tão bela quanto eu?

Uma formiga carregava uma baga vermelha para o inverno. No caminho, encontrou uma joaninha. - Há quem deseje sempre o que os outros têm! A formiga ia tão sobrecarregada que nem via a joaninha. - A beleza é dada a quem a merece. Quem não a têm a cobiça ou a desdém! As minhas pintas vermelhas são belas e não as imitei. Ao tentar suportar a baga,  a formiga desequilibrou-se e deixou-a cair. O fruto rebolou, rebolou e bateu na joaninha, obrigando-a voar de repente.  - Puxa, não basta a cobiça e a cópia ainda têm receio de ouvir a verdade! A formiga correu atrás da baga mas perdeu-a num penhasco. -Ainda há justiça! Tão bela querias ser que tudo acabaste perder!  Junto ao penhasco havia uma baga maior mas amarela. Apanhou-a. Quando vinha de volta,  nem se via o seu corpo do galho aonde  joaninha estava, que atraída pela cor voou para cima do fruto. Sentia-se bela.  - Olhem para a joaninha tão bela! Cantava com tanto vigor que atraiu a atenção de todos os insetos. O seu eg