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A mostrar mensagens de julho, 2015

Tó Tuga, preciosidade portuguesa não é barata

Tó Tuga encontra o seu amigo Miguel Roscas à saída de um estabelecimento chinês com um papagaio de papel já envelhecido na mão: —O que fazes aqui? Andas às pechinchas? Olha que isso parece velho! Foste enganado! —Oh, eu fui vender e não comprar. —Ein! Eles aqui compram velharias? —Até compram. Eu é que não vendo. —Então? Não pediste um preço em conta? Isso já não presta! —Também tu? Isto é um papagaio português antigo, uma antiguidade e não espanhol. Lá porque eles compram os aeroportos deles a preço de uva mijona nao quer dizer que façamos o mesmo! Notícia Atugada: (http://sol.pt/Mobile/Noticia/403189)

Grãos de tempo

Um menino foi à praia com o avô. A viagem era um pouco longa, então, pela hora do calor ficavam à sombra do chapéu, à espera de nova oportunidade de brincadeira ao Sol. Passados uns minutos de sombra, diz o menino: — Avô, já posso ir à água? —Ainda não! Só passou meia hora. Tenta descansar. Um tempo depois volta a perguntar: —Avô, já se pode? —Não, ainda não. Tens fome? —Não! Avô? —Sim? —Porque o tempo demora tanto tempo a passar? —Olha! Chega aqui ao pé de mim! O menino mudou de toalha e sentou—se junto ao avô. — Agora junta as tuas mãos como eu em forma de concha! O menino assim fez, muito curioso. —Assim que eu disser enchemos—as de areia! —Está bem! —Agora! Os dois encheram as mãos de areia. —Oh! O avô ganha. Tem as mãos maiores! Contudo, por entre os dedos já tortos da idade, a areia do avô foi caindo até que rapidamente as suas mãos ficaram vazias. O menino ao ver, disse: —Deixaste cair avô? —Pois meu menino. Sabes o tempo é como os grãos de areia. Apanha—se

Tó Tuga, por acaso como iogurte grego

Tó Tuga estava à janela a comer um iogurte grego quando passa o seu primo Zé Torresmos que pergunta espantado: — Estás doente primo? — Pois jamais tinha visto tal coisa. À tarde era hora de bejeca, vá no inverno, às vezes uma aguardente para aquecer. —Nada disso! —Então estás a comer iogurte porquê? Isso é comida de gaija. — Estou a ajudar a Europa. —  Ein? Não entendi? —  Estes são gregos! — E daí? Apanhaste Sol na boneca, foi? —  Não percebes? Se eu comer os gregos ajudo a economia? — Ah! Eles vendem mais...Tu és um génio. — Por acaso foi ideia minha! Notícia Atugada( http://observador.pt/2015/07/13/por-acaso-foi-uma-ideia-minha-que-desbloqueou-o-acordo/)

Pedaço de mar

O caracol agita, A lapa agarra, O camarão saltita, A onda refresca. A estrela do mar esconde, O que o caranguejo protege, A alga flutua o que a poça nua, A vida veste. O camarão explora, Os cantos do que de novo surge, Na agitação calma, Que a onda embala. Oh, lapa, que daí não foges, Só para ali vais, ali do outro lado, Lado deste pedaço, De mar amado. Caracol atleta, Que depressa acha, Que dali têm, Tudo o que convém. Aí estrela guia, Aqui me trouxeste, A este mar gerado, Neste pedaço de rochas criado.