A Gula, doce pecado
Há muitos mas muitos anos, num convento, havia uma freira muito gulosa. Tão gulosa que tinha ficado responsável pelas sobremesas e doces das épocas festivas mas estava impedida de provar a massa e os ingredientes durante o fabrico. A gula era pecado. A Páscoa aproximava-se e ela estava a derreter o mel para cobrir as amêndoas. No convento, havia tanta agitação com os preparativos da época que não estava mais ninguém na cozinha. Ao olhar em volta e ver-se sozinha com o aroma do mel aquecido à sua frente, não resistiu. Pegou na colher de pau com a qual mexia o tacho e devorou o mel todo até ficar enjoada. Não estava a pensar nas consequências. Quando parou e tomou consciência do que tinha feito ficou em pânico. Tinha usado o mel todo que havia na cozinha. Como é que agora iria fazer as amêndoas? Sentou-se no chão, extremamente arrependida e a chorar. -Meu Deus, como é que eu vou adoçar as amêndoas agora? Em cima da mesa estava apenas um saco com uma iguaria nova, chamavam-lh