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A mostrar mensagens de outubro, 2013

No Facebook...

Agora podem também encontrar-me no Facebook, com o nome Mary Sparrow . Procurem-me e terão oportunidade de ler algumas das histórias que mais gostei de escrever...

Eu não, claro!

Chegaram os dias de Outono à floresta encantada. As primeiras chuvas humedeceram as terras. O vento sacudia os ramos, fazendo cair as folhas já secas e partir os galhos mais frágeis. Um tapete de tons dourados e avermelhados formava-se pelo chão. Era como se várias artesãs bordassem cada pedaço com todo o carinho das mãos mais experientes. Esse manto aveludado ia criando condições para o surgimento de uma variedade infindável de fungos das todas as cores e feitios. Junto ao tronco de um carvalho nasceu um cogumelo vermelho de pintas brancas de chapéu largo. Era impossível passar por ele sem se aperceber da sua existência e beleza. A sua cor viva ressaltava daqueles tons castanhos alaranjados que abundavam na floresta naquela altura do ano. À sua volta nasceram mais fungos, uns brancos, outros castanhos, outros amarelados mas nenhum atingia aquela vivacidade. O cogumelo cresceu assim, extremamente vaidoso e na sua mente o mundo girava a sua volta. O seu egocentrismo era t

E a gorda sou eu...

Uma abóbora nasce junto a uma courgette. O tempo passa e elas crescem felizes e contentes. Um dia a courgette olha para a abóbora e diz: -És mesmo gorda e anafada! Credo! Não bebas mais água! A abóbora que nunca tinha sequer pensado sobre o assunto olha para o seu corpo arredondado e compara-o ao da sua amiga. De fato, era mais gordinha mas resolveu não ligar muito ao assunto. Passado alguns dias, a courgette, volta a referir: -Amiga, não bebas tanta água! Estás cada vez mais gorda! A abóbora começou a matutar mais nesse assunto e foi ficando cada dia mais triste e descontente. Tentou não beber mais água mas tinha muita sede. Cada vez que chovia ou era regada não aguentava. Chegou o dia da colheita. O agricultor apanhou a abóbora e a courgette e levou-as para a casa, colocando-as juntas com outros vegetais, entre os quais estava um pepino falador. -Olá meninas! A abóbora e a courgette mantiveram-se caladas. -Que caladinhas! A courgette, muito tímida, corou ao ver

União da vida

Duas gotas caíram numa folha de uma planta. Não se conheciam mas simpatizaram logo uma com a outra. Falaram, falaram até perderem a noção do tempo. Junto ao caule da planta estava uma semente. Contudo, momento atrás de momento ia secando com o tempo, pois não tinha tido a sorte de receber água. As gotas distraídas com a conversa não tinham reparado nela. Passado algum tempo, uma das gotas parou de falar e olhou à sua volta, reparando na semente que murchava e disse: -Ela vai morrer! O que podemos fazer? -Não sei! Não tenho força suficiente para movimentar a folha e regá-la! -Ela vai morrer! -Espera! Conseguíamos se nos juntássemos. O nosso peso talvez incline a folha e nos faça cair! A outra gota, corada de vergonha: -Tenho medo de cair, de me magoar! -A água não se magoa, transforma e dá vida! A gota mais medrosa baloiçou o corpo e juntou-se à outra, sem pensar mais. O peso das duas gotas tombou a folha e juntas caíram junto à semente. Contudo, tiveram azar. Fic