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A mostrar mensagens de fevereiro, 2014

Timming de estrela

Tudo na vida é uma questão de sorte! Mesmo os mais corajosos e determinados são-no porque, já à partida, tiveram sorte ao nascer. São raros os exemplos de crianças que têm o azar de vir ao mundo num país subdesenvolvido ou numa família desestruturada ou ausente que terão uma vida feliz. Quando alguém diz que tu és o resultado das tuas escolhas não está 100 % correto pois há fatores determinantes que condicionam a nossa existência logo à partida. Há ainda outro aspecto que eu chamo de: “Timming”. Chegar aos sítios na hora certa e conhecer as pessoas no minuto oportuno! Isto é válido quer para a vida pessoal quer para a profissional. Neste campo então é marcante! Se pensarmos bem e olharmos, por exemplo, para ex-colegas da escola, com a mesma formação e idade e nos questionarmos porque é que uns possuem cargos de direção e outros continuam numa vida de assalariados. Esta “altura certa” poderá ser frustrante se refletirmos muito nela. Por vezes dá a sensação que existe “alguém” a

Sou um menino...

Um menino ia com o pai para a escola, sentado no banco de trás, a observar o que se passava lá fora e a fazer perguntas: -Pai, que melro tão livre ali a voar! Quero ser um pássaro! O pai não ligou muito ao que o filho dizia, pois estava a falar ao telemóvel de auricular com os colegas do trabalho. Entretanto, pararam noutro semáforo e um cão passou a frente do dono nas passadeiras todo airoso, a cheirar todos os cantos. -Pai, que cão tão corajoso ali a passar! Quero ser um cão! Ainda a conversar sobre assuntos sérios, o pai nem ligou. Mais uns km à frente pararam num cruzamento junto a umas casas cor-de-rosa. No parapeito de uma janela estava um gato esparramado a apanhar sol de barriga para cima. -Pai, que gato tão tranquilo ali a descansar! Quer ser um gato! O pai finalmente desligou o telefone e ficou absorvido nos seus pensamentos, até que estacionou o carro e virou-se para trás e disse: -Chegamos! Vamos embora para casa que o pai ainda tem que mandar um e-mail e

Já iam, não?

A dor de garganta pergunta à dor de cabeça: -Já ai vens? A dor de cabeça pergunta ao espirro: -Quando vens abanar com este cérebro dorido? O espirro pergunta à tosse: -Eu vou mas a seguir vens tu! Então agora que já cá estão todos! Quando vão embora? Deixem-me em paz!

Pássaro de plástico

O senhor Sebastião tinha como passatempo deitar migalhas de pão aos pássaros. Ficava radioso quando via os pardais, no seu jardim, a voar e a poisar para debicar a comida que lhe deixava. Vivia sozinho e estes animais eram a sua companhia diária. A única pessoa que lhe fazia visitas era o carteiro, quando trazia as cartas da companhia da luz ou do gas. Sebastião passava as manhãs e as tardes sentado num banco do jardim a observar as aves. Sempre que aparecia alguma assobiava e falava com elas. Certo dia de Inverno, estava Sol mas bastante vento. O velhote tinha acabado de esmigalhar o resto do papo-seco do pequeno-almoço num pano de cozinha e espalhado pela relva. O carteiro que, naquela aldeia, andava de bicicleta havia parado e encostado a sua bicicleta junto ao seu portão. Já conhecia o senhor Sebastião há anos e não ligava sempre que o encontrava a falar com os pássaros. Era sinal que estava bem de saúde, que teve tempo para fazer as suas lides domésticas, de cuidar de si

Sugestões SMS dia dos Namorados

És a mais bela flor do meu prado! Vem colorir o meu mundo! Se eu fosse chocolate queria-te como recheio! Comer não posso, dormir não consigo, nos teus braços aconchego, nos teus olhos alimento! Queria dizer-te, falar-te, cochichar-te mas falta-me a voz, fogem-me as palavras e bloqueia-se-me o pensamento! Vejo-te todos os dias, observo-te todas as horas, não te conheço mas sei de cor cada pormenor do teu belo rosto!

Com muito orgulho

Povo de coração ardente, Vezes sem conta atacado, De lado olhado, O que te faz levantar? Olhos castanhos e alma quente. Jogo de cintura alado, Sem cavalo, nem nau, As tempestades são fado, E a luta, sempre, com mãos, lágrimas e até um pau. Povo português, de todos freguês, Por todos magoado, a todos subjugado, Interesse em bolsos colocado, E tu freguês, paga sempre, belo português. Não, não somos incultos, Não somos preguiçosos, Somos lutadores ambiciosos, De resistências a insultos. Não temos só praia, Nem mulheres de buço, Nem homens de gorro, Temos homens feios, mulheres bonitas, Senhoras simples e homens belos, Como tu e tu e aquele ali em qualquer espaço. Não somos menos nem mais que louros, ruivos, morenos, falando noutra língua ou mesmo na nossa de outra forma. Somos portugueses, fregueses da nossa própria sina sobreviventes da nossa própria coragem.