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A mostrar mensagens de junho, 2013

De férias...

O Diário estará temporariamente indisponível e não serão possíveis atualizações nas próximas duas semanas, devido à inércia do sistema de criatividade:) Assim que estiver operacional avisaremos. Até breve!

Peixeirada Celestial

Os três santos populares, António, Pedro e João queriam fazer uma sardinhada mas não tinham dinheiro para comprar os peixes. São Pedro diz: -Vamos ao mar pescar! Os outros dois olharam para ele e responderam em coro: -Não temos barco! Santo António tira um livro da batina e diz: -Vou declamar um sermão e as sardinhas saltam para os nossos pés! Os outros dois reponderam logo: -Não temos barco! São João, já farto daquela peixeirada, diz: -Pedro, porque não caminhas sobre a água e levas o António contigo para chamar as sardinhas! São Pedro e Santo António, muito desconfiados perguntaram: -E tu? -Eu? Vou fazendo as brasas para assar as sardinhas! Os outros assim o fizeram. Quando chegaram São Pedro estava todo encharcado e Santo António rouco e sem voz. Encontraram São João a dormitar junto um molho de madeira. -Não acredito que nem sequer fizeste as brasas! -Olá meus amigos! Trouxeram as sardinhas? -Não! Nem uma! Eu molhei-me todo e o António nem con

"Cortem-lhe as pernas"

Há muito mas muito tempo, num reino muito distante um Rei muito bondoso adoeceu. Os sábios e curandeiros pernoitavam ao seu lado, com curas e mesinhas para tentar salvar a sua vida. Certa noite, num sonho, uma bruxa apareceu ao Rei e disse-lhe: -Tua vida salvarás com a luz de Tornerá! O Rei assim que acordou chamou todos os seus sábios e contou-lhes o sonho. Nunca nenhum tinha ouvido falar de tal luz. Um dos criados mais velhos ouviu a conversa e pediu autorização para falar: -Meu senhor! Posso falar? -Fala meu caro homem! -Já ouvi falar dessa luz. Está a iluminar o fim da Terra para que as pessoas não caiam no abismo do Nada. Os sábios olharam uns para os outros espantados. -Meu, senhor! Vai acreditar num servo? -E porque não devo acreditar? Se vocês que possuem a sapiência e não me sabem dar resposta! -Meu caro homem, como se chega a esse local? -Dizem que é muito mas muito longe! Só alguém muito rápido conseguirá chegar lá e voltar. Os sábios falavam baixi

O domínio da invisibilidade

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Karma, característica ou azar. Existem pessoas que são sempre invisíveis e tratadas como tal. Recordo-me do filme do Homem Invisível em que tinha que se cobrir de gaze para ser notado. Em todos os eventos sociais, locais de trabalho e até ambientes familiares há sempre alguém que é invisível aos outros. É como se não estivesse lá quando as coisas são decididas. Quantas vezes ouviram pais dizer: “Ele é caladinho!”? Nunca repararam nos jantares de aniversário em alguém que se limita apenas a ouvir o que os outros dizem? Já não já? Essas pessoas são invisíveis aos restantes. Já pensaram porquê? Neste momento, alguns respondem: Ele não é falador! Agora vos pergunto: Já tentaram falar com essa pessoa? Perguntar alguma coisa? Provavelmente não. Agora volto a perguntar-vos. Já alguma dessas pessoas visíveis fez alguma observação acerca do vosso estado de espírito? “Não, falamos sobre outras coisas!”. Contudo, quando se sentem em baixo alguém vos põe a mão no ombro e diz

Sem cauda e dai?

Um lagarto sem rabo atravessava um passeio de ciclistas tentando chegar a uma árvore no meio da vegetação para poder subir e apanhar sol num dos ramos secos. De repente, aparece um ciclista a alta velocidade que passa mesmo junto ao que restava de sua cauda. Aliviado diz: -Puxa! Foi por um triz que não me pisavam!  Finalmente chegou à relva. No meio dos fios de verdura sentia-se mais seguro. Estava quase a terminar quando se aproxima um cão para fazer as suas necessidades e quase lhe acertava. Se tivesse rabo não escapava. Aliviado o lagarto diz: -Puxa! Foi por um triz que não me acertava! Continuando a sua caminhada o lagarto sobe à árvore. Quase a chegar a um ramo seco e com luz do sol aproxima-se uma águia de bico aberto. O lagarto corre e a ave não consegue apanha-lo, dando apenas uma bicada no tronco mesmo onde estaria a sua cauda. O lagarto, feliz diz: -Puxa! Foi por um triz que não me comiam! Quando conseguiu chegar ao tronco seco. O seu peso fez tremer o ramo