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A mostrar mensagens de outubro, 2012

Spooky time

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Nem sempre vale a pena voar

Um pombo corria de um lado para o outro, numa estrada, a fugir dos carros que iam passando.  No passeio, em cima do ramo de uma árvore, estava um melro ainda jovem a observar a cena com alguma curiosidade.  Passadas algumas corridas, o pombo levantou voo e pousou uns ramos acima. O melro não resistiu e perguntou:  -Olha lá! Tu tens asas, não tens? Porque é que não voas para fugir dos carros? Não te dá mais trabalho correr?  O pombo, tosco e anafado respondeu:  -Sim dá! Mas só voo quando não tenho tempo para fugir a pé! -Não percebo! – afirmou o melro.  -É simples! Se eu voasse sempre estaria sempre a recorrer à solução mais fácil. Qual seria a piada de passear na estrada?  O pequeno e jovem melro revirou a cabeça para a direita e depois para a esquerda, reflectindo e não disse mais nada.

Ãh?

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Do Japão veio o Cogumelo do Tempo que segundo dizem prolonga a vida humana. Se os fungos têm uma vida limitada e nunca superior a um ano porque é que, eles não pensaram neles próprios primeiro?

Inicio da vida no Alentejo

-Compadre Joaquim a NASA diz que a vida pode ter começado aqui no Alentejo! -Como é que é isso, compadre António? -Eles dizem que acharam uma bactéria na água igual a outra que trouxeram de Marte. -O que é uma bactéria, compadre? -Ora essa? É um bicho invisível que dizem estar na origem da vida! -Hum! -Que foi compadre Joaquim? -Eu já sabia desse bicho! -Está mangando comigo? Sabia como? -A minha mulher quando eu estive na tropa também me disse que engravidou com um bicho invisível das minhas calças. Se eu já não as vestia há meses só poderia estar na água da lavagem!

Trova enevoada

Há muito, muito tempo atrás, em meados do século XIV, vivia-se no nosso país um período muito conturbado. O rei D. Sebastião havia desaparecido na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. Não havia descendentes e Portugal perdeu a sua independência ficando a ser governado pelo rei D. Filipe II de Espanha. Em alturas difíceis o povo precisa de obter esperanças e agarrar-se a algo. Assim, naquela altura, criou-se a lenda que o rei D. Sebastião se encontrava escondido e apareceria de novo, num dia de nevoeiro. A história que se segue é pura ficção. Trata-se apenas de uma viagem até a este período da história que segundo a minha opinião daria uma bela aventura a ser retratada num livro ou filme. Algures em Trancoso, no início do Verão de 1978, nas prateleiras de um sapateiro, encontrava-se o poeta: Bota da Trova. Era conhecido assim por todos os chinelos, botas e outro tipo de calçado que entravam e saiam daquele estabelecimento. Todos levavam consigo uma trova criada pela Bota e espalh

Sede de estar

Uma preguiça estava a descansar num ramo de uma árvore, numa tarde de Outono. Era um daqueles dias em que o céu ameaçava chover. A estação do ano era imprevisível e o fato de as nuvens se juntarem nem sempre indiciaria queda de água. A preguiça estava com muita sede e olhava para o céu, por entre as folhagens e depois para o chão. Se descesse teria que percorrer alguns metros para beber água no lago, se ficasse aonde estava poderia esperar que chovesse. Ali estava naquela indecisão quando uma mosca poisou numa das suas patas. A humidade do ar fazia ficar os insectos mais agitados e irrequietos. - Vai chover! Não vai chover! Vai chover! Não vai chover! – Repetia a mosca sem parar. Àquele pequeno insecto a indecisão inquietava-o. Levantava voo. Poisava. Sem saber o que fazer. A preguiça desesperava com sede e já não lhe bastava a sua indecisão ainda tinha que ouvir a mosca irrequieta. - Para! Deixa-me pensar sossegada! A pequena mosca que naquele momento estava absorvida co