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A mostrar mensagens de abril, 2012

Liberdade

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A liberdade é sentida por quem  um dia a perdeu, sonhada por quem a luta, e vivida por   quem nela nasceu.

Charles, o "bacano"

Chovia lá fora. Um estado de tempo anormal para a época mas muito bem-vindo devido anterior sedento Inverno. Não se esperavam muitos clientes. Nos dias de semana apenas as donas de casa e os idosos visitavam a praça. Na aparelhagem tocava um dos cd´s do costume. O Elvis Presley, seu ídolo inquestionável. Era um estranho som naquela praça. A música popular era mais comum. No entanto, naquele talho ouvia-se o King, exceto nos dias religiosos em que era substituído pela transmissão da missa. Charles, sempre foi muito católico. Espírito sisudo e compenetrado fazia tremer as crianças. Nunca ninguém o tinha visto sorrir. Atendia os clientes com um preciosismo inigualável. Não havia uma queixa sequer acerca da sua carne ou higiene do local. Esmerava-se por manter tudo impecável. Aquele talho era estranho, agradável devido o brio mas com uma decoração sui generis. As paredes encontravam-se decoradas com o Sagrado Coração de Jesus, entre fitas coloridas, geralmente usadas nos santos po

A sorte existe

Há pessoas que parecem ser bafejadas por um vento fresco de sorte. Acham o primeiro amor, ao primeiro encontro, Esbarram com o emprego de sonho ao primeiro acordar, Põem um trapo qualquer e parecem fantásticas, Acordam despenteadas e lindas, Enfim, abrem a caixa e encontram o doce. Outras vivem numa luta constante, Entre amores e desamores até acharem o tal, Entre saídas e entradas de empregos e nunca é aquele, Nem toda roupa fica bem e aliás alguma torna-as umas peixeiras, Ao acordar parece que viram um bicho papão durante a noite, Enfim, abrem a caixa e encontram umas migalhas que alguém deixou e tem que ir ao supermercado procurar o doce. Chegam lá e está esgotado!:)

Estou nuts!

Após o jantar, um Blogger estava a olhar para uma parede branca. Um Seguidor passou por ele e achou estranho: -O que fazes? -Estou a ver as ondas da praia a bater na areia quente. O outro olhou-o com ar de espanto. -Estás mesmo pior amigo! -Então, porquê? -Á noite não há Sol logo a areia está sempre fria!

Desvario mental

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O Grito Quem diz, após o almoço, “boa tarde” é egoísta face a quem diz de manhã “bom dia”? É porque os segundos desejam que o dia todo corra bem enquanto os primeiros só apenas uma parte.

Mais ou menos, Obrigado

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imagem: net alterado por Diário de um Anjo Os portugueses são o povo do estado de espírito “mais ou menos” ou do “vai-se indo” e do agradecimento “obrigado (a)”. -António, como estás? -Mais ou menos, obrigado! Não bastava estarem sempre numa zona cinzenta ainda estão assim, obrigatoriamente. Penso que os portugueses têm medo de assumir um estar “bem” ou “mal”. Não podem estar “bem” com medo que alguém lhes peça alguma coisa mas também não podem estar “mal” por orgulho. Vivemos assim numa indefinição: presos a uma zona cinzenta e vigiados por um “Obri Gado”.

Eu queria e...talvez quero!

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imagem: net Existe um hábito português de, quando nos dirigimos a algum estabelecimento para comprar algo, de dizer: “Eu queria…” ao invés de “Eu quero…”. Confesso que tenho essa vicissitude e já fui interpelada algumas vezes com a pergunta: “Queria ou Quer?”. Sempre que sou chamada à realidade surge em mim um desejo de dizer: “Queria mas agora já não quero!”. Está bem! Eu sei que, quem me faz essa pergunta tem razão. O português não está correto. Contudo, se a quem me dirijo não tem confiança suficiente nos seus produtos ou serviços de forma a garantir que as pessoas os “Querem sempre” e não mudam de ideias de um momento para o outro então se calhar é melhor dirigir-me a outro sítio. Tenho dito!:)

Humpty Dumpty feeling

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imagem: net Na minha infância, havia um personagem animado que eu adorava, sem saber muito bem porquê. Agora já em adulta, revejo o passado, analiso o presente e penso que já sei o motivo. Há certos aspetos da minha vida nos quais eu vivo sempre pendurada num muro, a tentar equilibrar-me para não cair. Sinto-me com um ovo frágil e temeroso ao sabor de um vento que nalgumas alturas sopra com grande intensidade. É isso o que sinto agora, um Humpty Dumpty feeling…

Um só...

Recordações de quem foi, ligações desfeitas pelo acaso ou infortúnio. Que imagens ficam? Que rostos memorizados? Um beijo, um olhar, um adeus, um sorriso? Sim, mas um só rosto. Só uma expressão facial. E as marcas do tempo? Rosto de novo ou traços de vivências? Isso interessa? Não. O que fica são os sentimentos. O rosto é sempre igual. O daquele momento, daquele espaço de tempo que nos deixou a marca, o selo. Recordar o passado é reviver os sentimentos, folhear os momentos, recolocar os peões mascarados com um só rosto em pedaços de histórias nem sempre iguais, alteradas pela memória e pintadas pela imaginação. Participação tema de Abril Fábrica das letras: Rostos