Vida de ouriço
O vento soprava do alto da montanha naquela manhã fria de Outono. A temperatura tinha baixado desde as chuvas fortes da semana passada. Vieram tardias as águas este ano para resolver o sufoco da secura do aquecimento global.
No topo de um castanheiro, tentando manter-se seguro, um ouriço acordava com mais uma dúvida típica da sua inocência juvenil. No vale, os grandes sábios adquirem a sua sapiência com a vida. A maturidade é atingida por volta do primeiro século por isso são eles que satisfazem a curiosidade dos mais pequenos.
-Pai, dói-me o caule do esforço. O vento abana-me com tanta força, acho que não vou conseguir aguentar e vou cair…Será que vou morrer?
O erudito castanheiro, esticando os seus envelhecidos galhos, respondeu:
-A morte para nós não existe, meu pequeno. Vais cair e adormecer entre minhas folhas.
Entretanto, uma forte rajada de vento estremece o tronco e faz cair o ouriço. A queda foi intensa e a dor tremenda. O pequeno sentiu a pele a estalar e alguns dos seus picos a partir. Pensou que era o fim e começou a chorar quando as suas castanhas que guardava à tanto tempo saltaram para fora. No meio dos soluços gritou:
- Como vou dormir? Mentiste-me! Deixaste-me cair e eu perdi as minhas filhas!
-Os filhos não se perdem, fazem parte de nós e são uma extensão de nós mesmos. As tuas filhas irão gerar outro castanheiro como eu. Não chores! Entrega-te á vida e não temas pelos, que dela já não fazem parte pois deixaram um pedaço de si com os outros.
No topo de um castanheiro, tentando manter-se seguro, um ouriço acordava com mais uma dúvida típica da sua inocência juvenil. No vale, os grandes sábios adquirem a sua sapiência com a vida. A maturidade é atingida por volta do primeiro século por isso são eles que satisfazem a curiosidade dos mais pequenos.
-Pai, dói-me o caule do esforço. O vento abana-me com tanta força, acho que não vou conseguir aguentar e vou cair…Será que vou morrer?
O erudito castanheiro, esticando os seus envelhecidos galhos, respondeu:
-A morte para nós não existe, meu pequeno. Vais cair e adormecer entre minhas folhas.
Entretanto, uma forte rajada de vento estremece o tronco e faz cair o ouriço. A queda foi intensa e a dor tremenda. O pequeno sentiu a pele a estalar e alguns dos seus picos a partir. Pensou que era o fim e começou a chorar quando as suas castanhas que guardava à tanto tempo saltaram para fora. No meio dos soluços gritou:
- Como vou dormir? Mentiste-me! Deixaste-me cair e eu perdi as minhas filhas!
-Os filhos não se perdem, fazem parte de nós e são uma extensão de nós mesmos. As tuas filhas irão gerar outro castanheiro como eu. Não chores! Entrega-te á vida e não temas pelos, que dela já não fazem parte pois deixaram um pedaço de si com os outros.
Comentários
Obrigado. Muitos beijinhos!!!