A chegada do Representante, a Cavacas

Rosabolas, o porquinho, ganhou coragem depois de ter salvado o seu amigo, Colha-Colha e as suas aventuras ficaram cada vez mais elaboradas. A sua imaginação foi crescendo à medida que ele crescia.
Foi criando na sua mente personagens, fantasiosas que viviam num mundo que ele pensava existir. Eram os seus amigos de aventuras.
Num reino, muito mas muito distante, há muito, muito tempo, havia uma cidade muito especial em que todos falavam: os animais, as pedras e árvores.
Um certo dia, o Presidente da Câmara, o Sr. Flufy, o cordeiro, convocou algumas pessoas da aldeia, pela sua sapiência, para procurar solução para um problema muito grave.
Os assessores, a Ticha, a lagartixa e o Saltita, o gafanhoto convocaram:
-o Professor Tomé, o esquilo, pela sua sabedoria;
-o Comissário de Policia, o Trix, o corvo e a sua agente, Mu, a vaquinha, especialista em Trânsito;
-o Topas, coelho e o único médico na aldeia, aliás diploma tirado recentemente, uma vez que começou por ser oftalmologista para a população de Toupeiras, mineiras.
À hora combinada, já todos sentados na sala de reuniões do Município, Sr. Flufy entra, com semblante muito carregado.
- Meus amigos, recebi uma carta do Rei. O reino de Tagarelândia enfrenta uma grande ameaça e precisa do nosso apoio.
-Que ameaça? - Perguntou Trix, o comissário. Afinal, era a sua área.
-Não sei. O Rei não refere na carta. Apenas diz que já se encontra a caminho um seu representante com uma missão para o povo de Cavacas.
-Temos que organizar uma festa de boas vindas na praça! Não no Teatro! – Referiu Saltita.
-Creio que não é altura de festas! O Rei prefere que este assunto seja tratado com o máximo sigilo. Convoquei-vos para vos pedir a vossa disponibilidade no caso de serem chamados, nos próximos dias, a qualquer hora, para me ajudarem. Não saiam da cidade! Nomeio-vos o Conselho de Emergência.
Uns dias mais tarde, numa noite de chuva intensa, batiam com força na porta da residência oficial do Presidente.
-Sr. Presidente, Sr. Presidente, o enviado do Rei chegou – Pulava o Saltitas, todo encharcado, debaixo de uma gabardine com abas.
-Já convocámos o Conselho de Emergência!
Flufy, correu para seu quarto para trocar o roupão e pijama por algo mais apresentável. Desceu, pegou no guarda-chuva e partiu. Nem pediu transporte. Quanto menos pessoas soubessem do estado crítico e da possibilidade de uma crise, melhor. Poderia originar o pânico e especulação entre os restantes habitantes.
Na sala de reuniões, aonde há uns dias atrás estiveram todos, encontrava-se alguém, sentado de costas para a entrada, numa cadeira. Estava escuro e apenas os trovões, esporadicamente iluminavam a sala.
-Desculpe, Senhor! - Afirmou, com voz trémula Flufy . Suas patas tremiam de frio e as gotas caiam de sua lã, no chão.
-Boa noite! Trago uma mensagem do Rei da Tagarelândia!
-Senhor, desculpe não se vai mostrar! – retorquiu o presidente.
Um urso gigante, saltou para a frente do Presidente. Apontou uma espada ao seu peito. Flufy, estremeceu ainda mais.
-Não, ainda não! Aonde está o Conselho, que lhe pedimos para reunir?
-Está, quase! Brrh. Está quase!
O silêncio apoderou-se da sala. Saltitas, dava pequenos pulinhos no próprio local de tanto pavor que possuía.

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