Porque faço assim?


Hábitos, rotinas, pormenores e gestos do dia-a-dia que só nos apercebemos da sua existência quando os temos que mudar.
Fazemos as coisas de certa forma, porque sim. Aprendemos, acomodámo-nos e realizámo-las de determinada maneira, ao longo de anos, e assim ficou.
Quando  alguém nos olha e pergunta porque fazes dessa forma e não desta. Há um choque inicial, que presumo seja a consciência de algo automatizado. Depois, entra a personalidade de cada um.
Os mais teimosos e intransigentes, ignoram a observação e continuam na sua casca de ovo: “Sempre fiz assim e funcionou, não vejo porque mudar”.
Os conscientes e democráticos entram na discussão acerca dos atos. Procuram argumentos de outros, depoimentos e análises científicas para os comportamentos.
Seja qual for a atitude adoptada, é sempre difícil mudar e o ser humano é uma criatura de hábitos. Aliás, todos os animais procuram rotinas para se sentirem seguros e nós não somos diferentes.
Contudo, algo nos distingue do resto das espécies, o raciocínio, capacidade de autoanálise, evolução e adaptação.
As mudanças, quando necessárias, deveriam ser efectuadas progressivamente. O choque não deveria ser total, pois gera um sentimento de ausência de identidade e segurança necessárias ao bem-estar físico e psicológico do individuo.
É fazer o seguinte exercício: imaginar que um dia se acorda e se está noutro local, com tudo novo. Se vai trabalhar para um sitio novo com pessoas novas. O sentimento seria de insegurança e ausência de pertença.
Então, e se acontecer? Os objetos fazem parte da nossa identidade. Se tivermos que mudar tudo, dever-se-á fazer o esforço para levar consigo algo que nos traga recordações e que nos faça lembrar do passado.
Agora, sei que algumas pessoas não terão a mesma opinião que eu e dirão:
-O passado já foi e deverá se olhar para o futuro!
Não concordo, pois se alguém criou o presente, o “Agora” que liga os dois, uma linha ténue que separa o fim do que já passou e o início do que virá. É nesse traço que nos assentamos e como tal não deverá ser quebrado.

Comentários

Eva Gonçalves disse…
tens toda a razão. O presente também é fruto do passado. Mas devemos sempre aprender com o passado e mudar o que não está a funcionar ou não tem funcionado até ao presente... :) Se tem funcionado, repete-se... se não, deve mudar-se! Simples... mas difícil de concretizar!! :) Beijo
Sofá Amarelo disse…
O passado está para vir e o futuro foi o que se viu... ou vice-versa! Viva portanto, o presente!

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