O último e mais belo da espécie..

O subsídio de natal de 2011, foi obrigado a fazer uma dieta drástica para ficar com metade do peso. Na reunião do Orçamento Geral de Estado decidiu ter a palavra:

- Minhas senhoras e meus senhores, tenho de vos agradecer!

Os ministros e ministras, espantados com a reação:

-Agradecer? – Questionou o primeiro-ministro.

-Sim, desde que vocês começaram com estas parcerias com o ginásio TROIKA eu estou mais em forma do que nunca. Agora já consigo vestir as roupas das lojas espanholas cujos tamanhos são abaixo do normal. Intercalo com as roupas justas e transparentes dos chineses. Faço umas toiletes fantásticas.

Estavam todos perplexos com o discurso. O Subsidio de Natal de 2011 continuou:

-A ginástica que faço é tanta, que já nem penso na alimentação! Agora como fast-food americana e salsichas alemãs em lata. Ui! O que adoro as salsichas alemãs!

O primeiro-ministro levanta-se e diz:

-Ainda bem que estás tão feliz! Acabei de ter uma ideia! Se tu conseguiste ter tanto sucesso com metade do peso, vou pedir ao ginásio TROIKA outro programa.

Os ministros começaram a ficar nervosos. Uns coçavam a cabeça, outros ruíam as unhas e outros abanavam os pés debaixo da mesa. Todos desligaram o facebook e twitter:

-Até 2013, os subsídios de natal e de férias vão emagrecer o máximo!

-Ei, não acho isso justo! Assim vão ter mais sucesso que eu! – Afirmou, indignado o Subsidio de Natal de 2011.

-Isso é óptimo! Eles vão ter que emagrecer não metade, não dois terços mas sim cem por cento.

Os ministros ficaram roxos, vermelhos e às cores.

-Então vou ser o último da espécie nos próximos anos?

-Exactamente, vais ser lembrado como o subsidio mais em forma de sempre.

Bateram as 12h nos relógios e era hora de almoço.

-Meus caros colegas, fiquei tão contente com esta minha ideia que podem tirar o resto da tarde. – Afirmou o primeiro-ministro.

Os ministros saíram e foram às suas vidas. O subsidio de Natal de 2011 foi para casa à espera do dia em que será pago, confiante que será relembrado para sempre, como o último e mais belo da espécie.