O desejo começa quando se pode decidir o que é necessário.
As necessidades
são condição de sobrevivência humana. Água e comida são as bases da existência.
O livre acesso e em abundância a estes bens origina o desejo. Pode-se beber
água da torneira ou água engarrafada, bem como sobrevive-se com massa com
feijão ou com ingredientes gourmet.
Entendo
necessidade e o desejo diretamente relacionados com o poder económico
individual. É uma reta ascendente num gráfico. Tudo o que é consumido acima do
que é indispensável para a vida já é desejo e mesmo dentro nos parâmetros da
necessidade há escolhas em função do que se poderá adquirir com o dinheiro que
se tem.
O ser humano
habitua-se e adapta-se a cortes nos desejos e alteração do tipo de bens
considerados necessários à sua sobrevivência contudo é fácil acompanhar a reta
ascendente mas escorregar por ela abaixo é um processo difícil. A descida é
conturbada porque o acesso em abundância a bens desejáveis deturpa o
conhecimento básico daquilo o que é necessário para viver.
Quando é pedido a
quem sempre teve tudo para prescindir de parte penso que as suas vivências
criam prioridades muito próprias mais em função dos desejos do que das
necessidades.
A pressão social é
um dos itens que também contribui para cortar naquilo o que não permite perder
o status adquirido.
Participação: Fábrica das letras
Participação: Fábrica das letras
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Bj*